Opinião

A maior apoiante de Passos Coelho

Este fim-de-semana é bem sintomático do que vai estar em causa nas eleições de Outubro, com Berta Cabral, mais uma vez, orgulhosamente ao lado de Passos Coelho no Congresso do PSD/Açores. Berta Cabral é, atualmente, a maior apoiante de Passos Coelho, o Primeiro-Ministro que até já aprova medidas nas costas dos portugueses, pela calada, como é o caso da decisão de acabar com as reformas antecipadas que prejudica milhares de pessoas. A Presidente do PSD/Açores utiliza todas as oportunidades que dispõe para aparecer, vaidosa e sorridente, ao lado de Pedro Passos Coelho, que está a atirar milhares de portugueses para a desproteção social, a destruir empresas, a sufocar a economia, através de cortes em apoios e em direitos que nem a própria troika se atreveu a tocar. Em boa verdade, Berta Cabral poderia manter a sua fidelidade ao líder nacional do PSD, mas a questão é que o faz por gosto e orgulho, o que já não é de agora. Em Maio de 2011, Berta Cabral afirmava que “Pedro Passos Coelho é o primeiro-ministro que Portugal precisa e que os Açores merecem”. Desde então, não mostrou qualquer sinal de arrependimento por estas afirmações que são, diariamente, desmentidas pelos factos e pelas duríssimas medidas que a tornar muito mais dura a vida dos Açorianos. Assim sendo, fica claro que, nas próximas eleições, a escolha vai recair entre Berta Cabral, que acha que está certo o que Pedro Passos Coelho está a fazer ao país e aos Açorianos, e Vasco Cordeiro e Carlos César, que já demonstraram que defendem os Açores, que tomam medidas de proteção das famílias e de apoio às empresas. Esta é a base dos dois projetos políticos que serão sufragados em Outubro pelos Açorianos. Numa altura em que as famílias e as empresas mais precisam de apoio, não será, com certeza, avisado escolher quem apoia mais austeridade e que, acima de tudo, mostra orgulho nesta estratégia. Respeito pelos Açorianos Vasco Cordeiro, numa decisão pessoal, decidiu deixar o cargo de Secretário Regional da Economia, a seis meses das eleições para a Assembleia Legislativa Regional dos Açores. Não era obrigado a isso, mas optou pelo caminho da ética e da clareza. Nenhum Açoriano ficará com suspeições sobre o seu comportamento político até às eleições, o que constitui uma condição de transparência de grande relevância que mostra bem a ética do candidato do PS/Açores. No anúncio público da sua decisão, Vasco Cordeiro realçou o seguinte: “A questão coloca-se no âmbito dos valores da Responsabilidade, da Verdade e da Confiança pelos quais sempre procurei conduzir a minha atividade política e que norteiam a minha candidatura a Presidente do Governo”. Em poucas palavras, Vasco Cordeiro deu uma prova de grande respeito pelos Açorianos. É disso que deve ser feita uma campanha eleitoral.